quinta-feira, 19 de abril de 2012

O fim do jornal e a resistência fútil


Sim, o jornal morreu. Alguns moribundos ainda andam por aí, mas diminuem à medida em que os últimos amantes dos folhetins impressos também padecem.

Obviamente o título sensacionalista deste post relaciona-se com o papel jornal, e não com o jornalismo. O jornalismo como fonte de informações transformou-se bastante com o fim do papel - não pela sua falta, mas pelo fato de que ignorantes pretensiosos como eu passaram a também produzir informações que pudessem ser lidas por quem se interessasse. E acredite, por mais improvável que seja, há quem se interesse. Imagino que seja o seu caso, estimado leitor.

O modelo de negócios dos jornais nunca foi "vender papel", e sim publicidade e classificados. Hoje em dia o Google costuma abocanhar boa parte das verbas publicitárias e sites de classificados já preenchem um pouco da demanda provocada pelos internautas. A questão é: como manter a receita do negócio sendo que os consumidores de informação estão migrando para mídias digitais? O natural seria tentar criar atrativos para reter os leitores e transferi-los para a mídia digital (antigamente eu falaria Web, mas tablets e smartphones novamente mudaram o panorama).

Um jornal local da cidade de Maringá (onde resido atualmente) resolveu seguir o caminho contrário. Seu conteúdo "impresso" estava disponível em seu portal para quem se interessasse por acessá-lo. Recentemente, provavelmente devido às quedas nas vendas de papel jornal, decidiu por fechar o seu conteúdo online e restringi-lo somente para assinantes. Resultado? Eu simplesmente parei de acessar o portal, pois o pouco conteúdo local produzido que me interessava já não me estava mais disponível. Imagino que outros leitores tenham feito o mesmo e também passaram então a acessar outros sites que disponibilizassem informações locais.

Desse jeito, esses poucos moribundos desaparecerão antes do esperado...

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